O que é morar bem?


"Morar bem" pode ter vários significados diferentes... 
Para aqueles que não tiveram a chance de sequer ter um teto para morar, "morar bem" pode ser apenas "ter um bom colchão".
Para os que tiveram todas as chances, o conceito de "morar bem" vai se modificando durante a vida. No começo, o quarto do bebê, o gosto da mãe, a mesmice infantil. Depois, os primeiros desejos, as cores, o lugar de brincar. Mais tarde, os primeiros sintomas da personalidade, o quarto que se transforma num mundinho particular, a loucura. À medida que vamos crescendo, começamos a acumular - os discos, os livros, os cacarecos. Começamos a perceber que são estas as coisas que nos traduzem. Nossa casa vira um amontoado de lembranças, começamos a colecionar objetos, arte, inutilidades. "Morar bem" já não cabe em nosso espaço. Sentimos necessidade de exibir, de receber pessoas em casa, de aumentarmos a família. Enfim, de mais espaço. É tudo tão grande que os desencontros ficam mais frequentes, a solidão aumenta, o vazio torna-se insuportável. Amadurecemos, e o significado de "morar bem"continua a se modificar. Já não estamos tão satisfeitos assim, em nos perdermos dentro de nossa própria casa. Vamos chegando à última parte da vida, e bate uma vontade de sintetizar, jogar tudo fora, se desfazer, procurar a essência, se ver livre... finalmente. Daí, "morar bem" significa estar no menor espaço possível, ficar só com aquela peça que resume toda a coleção. Significa, a simples parede branca. É quando fica claro que não precisamos realmente de muita coisa. Nada muito além de um bom colchão.

- Isay Weinfeld -
arquiteto

Classe C já tem mais casas de veraneio que classe A

Pesquisa do Data Popular revela que 37% das casas de temporada pertencem a famílias com renda média de 2.374 reais

  
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São Paulo - Depois de conquistar a casa própria, a nova classe média brasileira agora realiza o sonho de ter um imóvel de veraneio. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, os brasileiros com renda média domiciliar de 2.374 reais já são donos da maior parcela das casas de praia e de campo no Brasil – 37,1% dos imóveis pertencem à classe C.
O levantamento mostra que a classe C possui 1,46 milhão de casas e apartamentos de temporada, mais que a classe A (1,25 milhão) e que a classe B (1,23 milhão). 
A economia aquecida tem impulsionado muitos brasileiros a comprar sua segunda casa, diz o instituto. Enquanto o número de casas e apartamentos de veraneio no Brasil cresceu 46% na última década, o total de residências no país avançou 24% no período.
O Brasil tem hoje quase 4 milhões de casas e apartamentos de veraneio. O número representa cerca de 7% do total de moradias do Brasil, que é de 57 milhões. Dez anos atrás, o Brasil tinha 2,7 milhões de imóveis de veraneio e um total de 45,8 milhões de residências.
Segundo a pesquisa, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo são as capitais com maior número de pessoas que possuem casas de veraneio.

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